Era para ser um dia como outro qualquer. Peguei minha Kombi velha e surrada e fui até Nova Odessa. E no jardim uma menina me chamou a atenção. Depois de um pouco de conversa, fiz uma pergunta: “O que você vai fazer hoje?” E a resposta dela:”Nada”. Logo emendei uma brincadeira : “Então vamos fazer nada juntos”.

Quem diria que desta brincadeira surgiria uma coisa muito séria: nosso casamento. E estamos fazendo “nada juntos” há quarenta e oito anos.

Obrigado por todos os momentos vividos ao seu lado, por seu companheirismo, pela palavra amiga e as mãos sempre estendidas.

Obrigado pelo café demorado, por me aturar cantando, quase sempre as mesmas e antigas músicas, por não saber quase nunca onde estão as coisas, mesmo elas estando bem à minha frente.

Obrigado por tudo que representas na minha vida. Não me reconheço, não me imagino sem você. E obrigado, mas muito obrigado mesmo, por um dia ter aceito “fazermos nada juntos”

Te amo!