Sei que não tenho o direito de me envolver na sua vida e te peço desculpas por isso, mas o coração mandou que te escrevesse alguma coisa, e quando o coração manda eu obedeço.
Há momentos em nossa vida que precisamos parar um pouco e refletir, e você como bom esportista sabe: é igual a pedir tempo no basquete; tempo para pesarmos os valores que estamos dando as coisas, tempo para encontrarmos a nossa verdade.

A correria da vida, os afazeres que parecem nunca acabarem, a falta de tempo e o nosso eterno correr atrás do relógio como se o dia tivesse poucas horas, tudo isto nos roubam momentos preciosos, que como o tempo, nunca mais voltarão. Veja, os filhos já não são tão pequenos quanto pensamos, e parece que ontem mesmo eles cabiam em nossos braços.
Sabe, um dia escrevi algumas palavras para meus filhos e para mim mesmo e quero agora compartilhar com você:

Muitas vezes temos tudo, mas não temos nada.
Muitas vezes não temos nada, mas temos tudo.
Muitas vezes somos tão ricos, mas tão pobres.
Muitas vezes somos tão pobres, mas tão ricos.
Muitas vezes estamos tão perto, mas tão distantes.
Muitas vezes estamos tão distantes, mas tão perto.
E na maioria das vezes somos tão felizes e não percebemos.

Que você possa sentir por toda vida esta felicidade que só Deus nos dá, de como no tempo de criança em que duas pedras eram as traves, um tijolo riscava uma área perfeita, a bola já muito surrada era como se fosse nova, a rua para nós era o maior campo do mundo, nossos gols eram iguais ou mais bonitos que os do Pelé.
Tudo isto ainda está em nós, basta olharmos para dentro e com certeza encontraremos a verdadeira alegria da vida, que está no sorriso de um filho, num abraço gostoso da esposa, no dar as mãos, no brilho do olhar, no cantar alegre dos pássaros, na beleza do arco-íris, na tranqüilidade de um lago espelhado, no correr de águas cristalinas serra abaixo, na inocência da criança, enfim, em toda obra de Deus.

E com certeza, você é uma obra de Deus!