Cartas e recordações

Dia das mães – 1995

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Mãe…

Hoje parei para pensar e definir o amor de mãe. É, estava tentando uma coisa que muitos poetas tentaram e não conseguiram, pois este amor supera tudo, a compreensão, a imaginação… E aí muitas perguntas ficaram:

Que amor é este que gera um ser?
Que amor é este que vai dar luz a um filho com dor e hora marcada?
Que amor é este, que perde noites de sono a embalar o filho que chora?
Que amor é este, que se faz criança para aprender e ensinar tabuada?
Que amor é este que ao ver o filho fora do caminha tenta ampará-lo?
Que amor é este que chora em frente de uma penitenciária por um filho preso?
Que amor é este que com certeza da à vida pelo filho?

Alguns dias atrás, me emocionei ao ler uma reportagem de uma mulher que, em alguma parte deste conturbado mundo, foi até ao médico e recebeu a noticia de que estava grávida. Sendo ela portadora de uma grave doença, foi lhe dada duas opções: abortar o filho e continuar o tratamento de radioterapia, tendo uma grande chance de continuar a viver, ou interromper o tratamento e dar vida a um filho e morrer logo após.

Seria uma escolha difícil para muitos! Esta mulher morreu há alguns dias atrás deixando um fruto do seu amor e levando consigo a felicidade de ser mãe.

Agora que Deus nos dá essa oportunidade, voltando nossas mentes para um passado talvez não muito distante e em meio a muitas recordações e saudades, queremos agradecer a cada momento que você, mãe, nos fez sentir realmente o seu amor, e que talvez você chegou até a pensar que passava desapercebido.

Obrigado, mãe, quando em meio a dores me trouxeste ao mundo. Obrigado, mãe, por ter me ensinado a andar. Obrigado, mãe, pelas noites de sono que perdeste por mim, entoando cantigas de ninar.

Obrigado, mãe, pelo café com leite quentinho e pelo lanche tão gostoso. Por nossas idas ao cinema e pelo meu diploma que com muito sacrifício me ajudaste a tirar.

Obrigado, mãe, quando pelos caminhos da vida me ensinava que o bom não é ser importante, mas que o importante é ser bom, e que, apesar do seu jeito simples, me ensinava com muita sabedoria que era preciso respeitar para ser respeitado.

Obrigado, mãe, quando sem eu saber derramava lágrimas pelas minhas dores.

Obrigado, mãe, por ter me ensinado que temos um Deus como criador, e Jesus como salvador.

Quantas coisas teríamos ainda para agradecer; mas hoje quero agradecer à Deus…

Sim, muito obrigado, meu Deus, por você, minha mãe!

Eu te amo!

Airton – 14/05/1995

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