Se Deus um dia me desse algumas coisas para escolher: “Eu te dou o universo inteirinho, o Sol que no inverno te acalenta, as estrelas, o Cruzeiro do Sul, as Três Marias e muitas outras que você nem vê. Te dou a Lua que a noite clareia, a minguante, a crescente, a cheia. E as juras dos namorados seriam só para você.”
Sem hesitar responderia que eu só quero você.
“Mas eu te dou o mar com toda a sua beleza, hora com águas verdes, outras com azul turquesa, todos os peixes, barcos e navios que por eles navegam e até os rios que neles desembocarem.”
Sem hesitar eu responderia que só quero você.
“Mas então eu te dou a floresta, são árvores raras, flores incontáveis, de beleza que nenhum homem jamais viu, e até os animais que nelas habitarem, com certeza te obedecerão”.
Sem hesitar eu responderia que só quero você.
“Mas espere, Deus, tem uma coisa que quero te pedir: se possível for voltar no tempo, que minha mãe morasse perto da mãe dela, para ainda no útero eu a conhecer. Queria crescer junto dela, estar sempre pertinho, andar de mãos dadas, brincar de casinha, de boneca, eu seria o papai e ela a mamãe. Queria ir junto para a escola, do ladinho dela sentar, ajudar nas lições, o lanche repartir, desenhar corações e dentro o nome dela escrever. De adolescente, queria com ela de mãos dadas, ir ao circo, no parque, no cinema, fazermos um pic-nic, e numa tarde de domingo, em frente um lindo e calmo lago, o primeiro beijo lhe roubar. E ali, naquele mesmo instante, não, não iria deixar para depois, eu iria te dizer…
… Que para sempre Rita, para sempre eu vou te amar. “
Airton – 14/08/07