Cartas e recordações

Natal – 2000

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Esta carta escrevi no Natal de 2000.

O Natal se aproxima, é hora de enfeitar a árvore, procuro entre caixas já meio empoeiradas e lá está ela, com os enfeites e bolas todos juntos. Começo a carregar tudo para a sala, o lugar é escolhido, mamãe e eu começamos a pendurar os enfeites, olhamos um para o outro e quase juntos dizemos a mesma frase: “Que saudade do tempo que os filhos eram crianças.”

Nossos olhos se encheram de lágrimas e relembramos quando para enfeitar a arvore era uma festa, cada um ajudava da sua maneira e ao terminar podia ver no rosto de cada um uma imensa alegria.

Saudades… Saudades da cambalhota, da aluna e professora, da cantora e bailarina, da mamãe e papai, do martelo na mão, da bicicleta e do balão, dos bonequinhos e da bola, até do vídeo game me deu saudade. Saudade do tempo que eram simplesmente crianças e encontravam a felicidade nas pequenas coisas, e nas chuvas fortes corriam para nossos braços. Mas o tempo é implacável, passa muito rápido, hoje já são adultos, tem seus próprios problemas. Mas o que desejo de coração é que nunca deixem morrer a criança que existe dentro de vocês, pois só assim verão a beleza da vida e sentirão a verdadeira felicidade. E sempre que virem árvores de natal, lembrem-se que alguém é responsável por tudo isto, que sem Ele não existiria a paz, não saberíamos distinguir o bem e o mal, sem Ele nada seriamos. Enfim, sem Jesus nossas vidas não teriam o menor sentido.

Espere, está ficando tarde, vamos, meu amor, vamos terminar de enfeitar a árvore e Deus queira que quando nossos filhos a virem todo possam ter a mesma emoção que tinham quando eram crianças.

Airton – 24/12/2000

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