Ontem foi Natal. Presentes, amigos, parentes… pessoas que não se viam há tempo se reencontram. Longos abraços, corações abertos.
Lembranças… muitas lembranças.
Mas de repente me deu saudade do tempo de criança: das fubecas no bolso, da bola de capotão, do parquinho e o carrossel de empurrar com a mão.
Do nosso campinho de terra, da trave de bambu toda torta. Do carrinho bate e volta que tentei desmontar.
Do ribeirão que me dava medo pois era muito fundo e eu muito pequeno, ainda aprendendo a nadar.
Daquele pé de jabuticaba todo carregado que parecia castigo, pois o dono não deixava apanhar. Que gosto será que tinha? Até hoje fico a pensar.
Da primeira professora, Adélia, meiga como ninguém. Do professor Mastrodi, exigente e de pontaria certeira, me ensinou a respeitar.
Engraçado… me deu saudade de tudo… da minha rua de terra da nossa casa amarela, que o tempo não conseguiu apagar.
Vocês que hoje são pais, aproveitem o tempo! Brinquem com os filhos, e que não seja só nos Natais. Rolem pelo chão, inventem brincadeiras, destas de antigamente, e vejam como eles vão gostar. Chutem bola, cantem cantigas de ninar, façam mímicas e vejam se eles vão acertar. Aí, talvez eles se esqueçam do video game, nem vão lembrar onde deixaram. Talvez eles até vão te deixar um pouco cansado, pois vão gostar de brincar. Mas creia: vale a pena, pois com certeza eles vão um dia crescer, e isto acontece tão rápido, você nem vai perceber.
Passa tão depressa… e vai ficar a saudade do tempo de criança.
Pois este tempo, tenham certeza: ele não volta mais.
Feliz ano novo!
Aírton Borelli
26/12/2019