Acordo num domingo destes, sempre como de costume mais cedo do que todos, talvez para ficar mais tempo sem fazer nada, ou bater um papo com quem se aventurar a acordar, aí começo a fazer um retrospecto da semana, penso nos mais variados assuntos, desde os mais complexos que não entendo muito bem, até os mais simples como ter ido ao cinema com um neto, ou um convite para comer uma pizza na casa de um filho amado, com netos e noras não menos amados, e a inevitável pergunta me vem à mente:
O que ficou de toda esta semana?
Com toda certeza, não trocaria aquela tarde de sábado, esticado em uma cadeira de cinema com direito a guaraná e pipoca, mesmo sendo “engordativos”, e com boas gargalhadas do filme, mesmo ele estando em segundo plano, porque o que mais importava para mim era a companhia, não trocaria aquela “pizzada” não menos engordativa, na casa de um filho, porque ali pude ver emocionado o convite de formatura de um netinho que ainda aprendendo a escrever, fez um convite com letras e palavras disformes, mas um dos mais lindos e emocionantes que já li, sem falar da nossa Lelê, a décima netinha tão esperada e já tão amada, se mostrando na barriga que insiste em crescer, e dando os primeiros chutes ou cambalhotas, como que querendo falar, “também estou aqui”.
É, é isto que ficou desta semana de trabalho, de provas nas escolas, de vestibulares, de decisões e indecisões, ficou o que nos é mais importante em nossas vidas, a família.
Ai é inevitável me vir a mente uma frase em forma de pergunta, que ouvi e nunca mais me esqueci:
De que vale o homem conquistar o mundo se perder sua família?